Em 9 de dezembro comemora-se o Dia Internacional contra a Corrupção, pois nesta data o Brasil e mais 111 países assinaram a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, na cidade mexicana de Mérida, em 2003. Em maio de 2005, o Congresso Nacional brasileiro aprovou o texto. A Convenção é o mais completo documento internacional juridicamente vinculante, que obriga cumprimento. Ela prevê a cooperação para recuperar somas de dinheiro desviadas dos países, por meio de rastreamento, bloqueio e devolução de bens e também a criminalização do suborno e lavagem de dinheiro.
Permeada em todos os níveis e nas relações sociais, a corrupção assola abruptamente partidos, governos, empresas, sociedade e principalmente, revela quem realmente somos como país.Neste ano em especial, tendo presenciado
a absurda volúpia de alguns na busca de cargos públicos, de acordos, conchavos, politicagem rasteira e premeditada para fins pessoais e na busca da autolocupletação, desanimei a ponto de pensar em desistir. Que não me deixe mentir, meu ilustre amigo de bons projetos em Santa Maria e filho de Camaquã. Realmente desanimei. Mas isto não ocorrerá mais. Prometo.
Há algum tempo atrás, quando denunciei ao Ministério Público Federal do Trabalho, as condições discriminatórias impostas nos anúncios de emprego pelos meios de comunicação e as vantagens auferidas por alguns, a demanda não só foi atendida, como os veículos de mídia passaram a adotar as recomendações do MP, desde então passei a crer nas instituições, mas ainda com ressalvas.
Neste ano em especial, voltei a acreditar que uma única pessoa pode fazer a diferença contra interesses e ações de uns poucos mal-intencionados. Mas pra isso, é necessário que os processos administrativos, as leis e principalmente a austeridade estejam alinhadas, num dado momento em especial, para poder julgar e se houver culpados, punir.
Que esta data não passe em vão.
Um abraço à todos.
