10 setembro 2010

Sua natureza

Ironicamente, recebi este artigo na tarde de hoje de uma pessoa da qual tenho profundo respeito.
Obrigado.
Segue:
A Cobra
A mulher encontrou uma cobra enregelada, quase morrendo de frio na neve. Compadecida, abrigou-a no seio. No calor de seu seio, a cobra aos poucos foi se recobrando, mas tão logo sentiu-se forte o suficiente, picou o seio da mulher. A mulher, já morrendo e espantada com tamanha ingratidão, pergunta:
- Salvei tua vida, por que me picaste?
- Sim, salvastes minha vida - responde a cobra, afastando-se - mas sabias que eu era uma cobra.

O Escorpião e a Tartaruga
Houve uma enchente na mata e as águas fortes da chuva arrastaram muitos bichos para o rio, que transbordara. Nele caíram também o escorpião e a tartaruga. O escorpião não sabia nadar e pediu à tartaruga uma carona em seu casco. A tartaruga nadava com dificuldade contra a correnteza e já estavam quase chegando à margem, quando sente uma ferroada. Começa a perder forças e grita, já se deixando levar pelas águas:
- Por que me ferroaste? Agora vamos morrer os dois.
- Não pude fazer nada - responde o escorpião - é a minha natureza.

Conclusão:
Concluo que as pessoas que não tem escrúpulos, valores, caráter, nunca deixarão de nos picar como a cobra, por mais que as ajudemos. São cobras, e a exemplo do escorpião, pouco podemos fazer, pois esta é sua natureza. Não abriguemos, pois, cobras em nosso seio e nem vamos carregar escorpiões nas costas. Melhor nos afastarmos de pessoas assim, pois sempre se voltam contra aqueles que estão próximos. Não se trata de virar as costas e não ter caridade. Caridade devemos usar com quem a mereça. As desgraças que acontecem com cobras e escorpiões são apenas o resultado de suas próprias maldades.
Devemos perdoar suas picadas, ferroadas, e extrair de seu veneno o ensinamento: "não dê pérolas aos porcos; eles não sabem o que fazer com elas."
(escrito por Zailda Mendes)